Ana Maria recebeu, nesta sexta-feira, o advogado do goleiro Bruno, Ércio Quaresma. Ele já atuou em casos de grande repercussão no país, como no assassinato da missionária Doroty Stang e fez a defesa do borracheiro acusado de matar uma cabeleireira, em Belo Horizonte, com nove tiros. “No caso do borracheiro, se ele estivesse negando eu ia negar a autoria. Caso contrário,
eu ia pedir uma pena menor, como é o caso. Já no caso do Bruno, o menor que o acusou
não é testemunha, e sim réu. Existe ainda uma rusga familiar do Sergio com o Macarrão”,
disse Quaresma. Sobre as investigações do sumiço de Eliza Samúdio o advogado fez algumas reclamações.
“Não sei, por exemplo, por que a polícia do Rio está metida nisso, se o inquérito é lá em
Minas Gerais. Também demorei uma semana para ter uma cópia do inquérito. Reclamei com o Edson Moreira (delegado) em rede nacional mesmo, na frente de todos os jornalistas.
Nós éramos amigos e a amizade acabou ali”, revelou. Advogado diz que depoimento do menor é contraditório Quaresma falou ainda que acredita na inocência de seus clientes e não crê no que o menor
falou até o momento. “O menor é usuário de cocaína e está passando por uma crise de
abstinência. Existe um ‘Everest’ de contradições nos depoimentos. Ele falou que Eliza
tinha sido asfixiada e desossada. E cinco litros de sangue iriam pra onde? Só com ácido.
A gente também sabe que concreto não fica duro da noite para o dia. No meu sentir,
você tem que ter indícios de autoria, prova de materialidade para se não discutir”, falou. O advogado também revelou que conversou com Fernanda Gomes de Castro, que teria
cuidado do filho de Eliza, enquanto a modelo era mantida em cativeiro. “Conversei com
a Fernanda e ela está apavorada”, disse. 'Bruno está abandonado como um cão sarnento e com grandes dificuldades financeiras', diz advogado Ele contou ainda que este momento será importante para que o goleiro Bruno saiba
quem são seus verdadeiros amigos. “O Bruno está meio abandonado, como um cão sarnento.
Agora ele vai saber quem são seus amigos de verdade. Ele é um excepcional profissional e,
sobre o áudio em que ele falou sobre a Copa de 2014, foi uma manipulação. Pegaram uma frase que ele disse na delegacia e jogaram no ar. E o Bruno nem tem o dinheiro que falam.
Ele não tem dinheiro pra me pagar, por exemplo. Um grupo de amigos está se mobilizando
pra me pagar e manter a família dele. O Bruno está com grandes dificuldades financeiras.
A casa do Recreio dos Bandeirantes é alugada”, ressaltou o advogado. Ércio comentou a amizade de Macarrão com o goleiro. “Estão até chamando o Macarrão
de gay na cadeia por causa da tatuagem que ele fez em homenagem ao Bruno. Mas o que
ele fez foi uma linda prova de amizade”, contou Sobre os próximos passos do processo, o
advogado disse que vai recorrer da decisão da Justiça e tentar que os acusados aguardem
em liberdade. “Acredito que isso acontecerá em primeiro de agosto, caso contrário vou ao
Supremo Tribunal Federal. A quinta-feira foi mais um dia de depoimentos em Contagem, Minas gerais. O ex-policial
acusado de executar Eliza Samudio, Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como “Neném”;
e Sérgio Sales, primo de Bruno, saíram da penitenciária para falar à polícia mineira. O menor de 17 anos também deveria ter prestado novo depoimento, mas segundo o advogado Eliezer
Jonatas lima, o adolescente se negou a responder às perguntas do que seria o seu quinto
depoimento no caso. O advogado do menor disse que o adolescente estaria cansado e poderia estar com síndrome de abstinência. Ontem, no Mais Você, a mãe do menor disse que ele era usuário de drogas. A justiça mineira determinou a quebra do sigilo telefônico de mais cinco pessoas acusadas
pela polícia de envolvimento na morte de Eliza Samudio. A quebra dos sigilos de Eliza, Dayane e Macarrão tinha sido determinada em 29 de junho. O único suspeito que teve o pedido de
quebra de sigilo indeferido foi o goleiro Bruno. A polícia espera agora os laudos de exames de DNA que estão sendo feitos com o material
recolhido nas casas de Bruno e do ex-policial Marcos dos Santos. Nesta sexta-feira, os agentes passam a procurar outras duas pessoas suspeitas de envolvimento no caso: uma faxineira que teria limpado a casa no sítio de Bruno e outra pessoa apontada como amante do goleiro:
Fernanda Gomes de Castro teria cuidado do filho de Eliza, enquanto a modelo era mantida em cativeiro. Os delegados também devem marcar a acareação entre Sergio Sales e o menor.
Os dois foram os únicos suspeitos a falar em depoimento formal para as polícias do Rio e de Minas Gerais.
FONTE: http://maisvoce.globo.com/MaisVoce/0,,MUL1606963-10345,00-ANA+CONVERSA+COM+ADVOGADO+DO+GOLEIRO+BRUNO+ELE+ESTA+MEIO+ABANDONADO+UM+CAO+.html
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