Justiça autoriza exame de corpo de delito em suspeito de matar Eliza
Ex-policial é suspeito de matar Eliza Samudio.
Segundo advogado, ele bateu o rosto e quebrou dente dentro de carro.
Marcos Aparecido dos Santos (de boné), no dia em que foi preso
A juíza do Tribunal do Júri de Contagem, Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, autorizou, nesta terça-feira (20), um exame de corpo de delito no ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, no Instituto Médico Legal, em Belo Horizonte. Santos que, segundo a polícia, também é chamado de Bola, Paulista ou Neném, é suspeito de ter matado Eliza Samudio.
De acordo com o advogado de Bola, Zanone de Oliveira Júnior, seu cliente foi agredido dentro de um carro de polícia. Segundo Oliveira Júnior, em um dos traslados da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG), até o Departamento de Investigações, na capital mineira, o ex-policial teria sido empurrado dentro do veículo. Ele teria batido o rosto e quebrado um dente. Mas o advogado não soube dizer em que data a agressão teria acontecido.
A assessoria da Polícia Civil foi procurada para comentar o assunto, mas ninguém foi localizado até a publicação desta reportagem.
Bola está preso no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem (MG). Ainda não há confirmação da data do exame, que será realizado no Instituto Médico Legal de Belo Horizonte.
Laudo
O laudo sobre a suposta agressão sofrida por Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, ainda não foi divulgado. Macarrão também é suspeito de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio.
O advogado Ércio Quaresma, que defende Macarrão, disse, na segunda-feira (19), que seu cliente sofreu uma agressão dentro do Departamento de Investigações (DI), em Belo Horizonte. De acordo com Quaresma, o delegado Julio Wilke deu um tapa no peito do suspeito, que acabou caindo no chão.
O delegado Julio Wilke afirmou, nesta terça, que a denúncia é "uma estratégia leviana para desqualificar a polícia" e faz parte de "devaneios" da defesa. O delegado informou que pretende entrar na Justiça com um processo por calúnia e danos morais.
Macarrão está preso no Complexo Penitenciário Nelson Hungria e foi levado ao DI na manhã de segunda, para prestar depoimento. Antes de voltar para a prisão, ele passou no Instituto Médico Legal para realizar o exame de corpo de delito.
Mandado de segurança
Também nesta terça, a juíza Marixa negou o mandado de segurança impetrado pelo advogado Oliveira Júnior. O advogado entrou com o pedido na sexta-feira (16) para tentar garantir que Bola não fosse obrigado a prestar depoimento e participar de reconstituição do sumiço e suposta morte de Eliza. A defesa se baseou no direito constitucional que qualquer cidadão tem de não produzir provas contra si mesmo.
Entenda o caso
Nascida em Foz do Iguaçu (PR), Eliza Samudio se mudou para São Paulo e posteriormente para o Rio. Em 2009, teve um relacionamento com o goleiro Bruno, engravidou e afirmou que o pai de seu filho é o atleta. O bebê nasceu no início de 2010 e, agora, está com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
A polícia mineira começou a investigar o sumiço de Eliza em 24 de junho, depois de receber denúncias de que uma mulher foi agredida e morta perto do sítio de Bruno, em Esmeraldas (MG). Os delegados já consideram Eliza morta.
Em 6 de julho, um menor foi detido na casa do jogador, no Rio, e afirmou à polícia que Eliza está morta. Ele disse que viajou do Rio para Minas Gerais com Eliza e Macarrão. De acordo com o adolescente, os três foram para o sítio do goleiro. Depois, seguiram até outro local, onde um homem identificado como Neném estrangulou a jovem.
Oito pessoas estão presas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por suspeita de envolvimento no desaparecimento da jovem, incluindo Bruno, Macarrão e Bola. Todos negam o crime.
No Rio, os dois são investigados por suspeita de participação no sequestro da jovem. Os dois também negam.
FONTE: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/07/justica-autoriza-exame-de-corpo-de-delito-em-suspeito-de-matar-eliza.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário