segunda-feira, 19 de julho de 2010

POR QUE ELE FICOU CALADO?

Juíza analisa garantia de silêncio de Bola no inquérito do sumiço de Eliza

Ex-policial é apontado pela polícia como executor da jovem.
Segundo advogado, ele vai falar em juízo, após conclusão do inquérito.

Marcos Aparecido dos Santos, com o uniforme da penitenciária mineira
Marcos Aparecido dos Santos é suspeito de envolvimento na morte de Eliza


A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, de Contagem (MG), recebeu nesta segunda-feira (19) o mandado de segurança impetrado pelo advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que defende o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola. O advogado entrou com o pedido na sexta-feira (16) para garantir que seu cliente não seja obrigado a prestar depoimento e participar de reconstituição no caso do desaparecimento de Eliza Samudio.

A jovem desapareceu no início de junho. Ela teve um relacionamento com o goleiro Bruno, que era do Flamengo, e desapareceu ao tentar provar na Justiça que o atleta era pai de seu filho. O ex-policial é apontado pela polícia como executor da jovem. Ele segue preso no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem (MG).

De acordo com o advogado, Bola vai falar em juízo, após a conclusão do inquérito, depois que a defesa tiver acesso formal às acusações da polícia.

Segundo o Tribunal de Justiça, a juíza está analisando os documentos e ainda não emitiu parecer.

Ex-policial
Marcos Aparecido dos Santos também é conhecido como Bola, Neném ou Paulista e entrou na Polícia Civil em março de 1991, sendo exonerado em 22 de julho de 1999, após ser enquadrado pela Lei Orgânica da Polícia Civil, de número 5406, artigo 99, alíneas A e D. Ainda segundo a corregedoria, as alíneas correspondem a falta de idoneidade moral e falta de disciplina, respectivamente.

O suspeito já respondeu a processos por furto, formação de quadrilha e porte ilegal de arma. Em todos os casos ele foi absolvido. Marcos Aparecido respondeu a processo por furto em 1992, ano em que foi exonerado. Entre 1994 e 1996, foi acusado de furto, extorsão e formação de quadrilha. Em novembro de 2004, o ex-policial foi preso em flagrante por porte ilegal de arma.

Bola é apontado pela polícia como executor de Eliza. Orientada por um adolescente suspeito de envolvimento no caso, a Polícia Civil fez buscas na casa em que o ex-policial morava, em Vespasiano (MG), e em um sítio alugado por ele, em Esmeraldas (MG).

FONTE: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/07/juiza-analisa-garantia-de-silencio-de-bola-no-inquerito-do-sumico-de-eliza.html

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