terça-feira, 20 de julho de 2010

JUSTIÇA NEGA MANDADO...

Justiça nega mandado de segurança a ex-policial suspeito de matar Eliza

Magistrada considera que não houve irregularidades no inquérito.
Defesa queria garantir que Bola não fosse obrigado a prestar depoimento.

Marcos Aparecido dos Santos, com o uniforme da penitenciária mineira
Ex-policial Marcos Aparecido dos Santos é suspeito de envolvimento na morte de Eliza Samudio

A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, de Contagem (MG), negou nesta terça-feira (20) o mandado de segurança impetrado pelo advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que defende o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, Paulista ou Neném. A magistrada considerou que não houve nenhuma irregularidade ou abuso de poder na condução do inquérito pela Polícia Civil, que investiga o desaparecimento de Eliza Samudio.

O advogado entrou com o pedido na sexta-feira (16) para tentar garantir que seu cliente não fosse obrigado a prestar depoimento e participar de reconstituição do sumiço e suposta morte de Eliza. A defesa se baseou no direito constitucional que qualquer cidadão tem de não produzir provas contra si mesmo. Oliveira Júnior ainda argumenta sobre o desgaste sofrido por Bola durante a investigação.

A liberdade de Bola, que está preso no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, ainda não foi pedida por motivo de conveniência, segundo o advogado.

Eliza Samudio desapareceu no início de junho. Ela teve um relacionamento com o goleiro Bruno, que era do Flamengo, e desapareceu ao tentar provar na Justiça que o atleta era pai de seu filho. O ex-policial é apontado pela polícia como executor da jovem. Bola segue preso no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem (MG).

Ex-policial
Marcos Aparecido dos Santos também é conhecido como Bola, Neném ou Paulista e entrou na Polícia Civil em março de 1991, sendo exonerado em 22 de julho de 1999, após ser enquadrado pela Lei Orgânica da Polícia Civil, de número 5406, artigo 99, alíneas A e D. Ainda segundo a corregedoria, as alíneas correspondem a falta de idoneidade moral e falta de disciplina, respectivamente.

O suspeito já respondeu a processos por furto, formação de quadrilha e porte ilegal de arma. Em todos os casos ele foi absolvido. Marcos Aparecido respondeu a processo por furto em 1992, ano em que foi exonerado. Entre 1994 e 1996, foi acusado de furto, extorsão e formação de quadrilha. Em novembro de 2004, o ex-policial foi preso em flagrante por porte ilegal de arma.

Bola é apontado pela polícia como executor de Eliza. Orientada por um adolescente suspeito de envolvimento no caso, a Polícia Civil fez buscas na casa em que o ex-policial morava, em Vespasiano (MG), e em um sítio alugado por ele, em Esmeraldas (MG).

FONTE: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/07/justica-nega-mandado-de-seguranca-ex-policial-suspeito-de-matar-eliza.html

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