Bola não responde a perguntas feitas pela polícia
Segundo delegado, suspeito de matar Eliza teria dito que só deve falar em juízo. Advogado pretende pedir liberdade ao cliente ainda nesta segunda
O advogado do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, Zanone Manuel de Oliveira Junior, disse que seu cliente não respondeu às perguntas feitas pela polícia durante depoimento, nesta segunda-feira, no Departamento de Investigações (DI), em Belo Horizonte. Segundo Oliveira Junior, o delegado Edson Moreira apresentou cerca de 30 questões sobre o desaparecimento de Eliza Samudio e o contato de Santos com o goleiro Bruno. O cliente teria respondido apenas: “Reservo-me o direito de ficar calado. Só falarei em juízo”. (veja o vídeo com a entrevista do advogado)
De acordo com a polícia, Santos é suspeito de matar Eliza Samudio. A jovem teve um relacionamento com Bruno no ano passado. Ela está desaparecida desde o início de junho, e tentava provar que teve um filho com o goleiro.
Oliveira Junior disse que seu cliente é conhecido pelos apelidos Marquinhos, Marquinhos Paulista e Bola. O advogado ressalta que ele não é chamado de Neném.
Na terça-feira passada (6), um menor disse, em depoimento, que Eliza foi levada de carro do Rio para o sítio do goleiro Bruno, em Esmeraldas (MG). Ainda de acordo com o adolescente, mais tarde, a jovem foi evada para outro lugar e morta por um homem identificado como Neném.
Na quinta-feira (8), o delegado Edson Moreira, responsável pelas investigações, disse, em entrevista coletiva, que Santos é conhecido como Paulista, Bola ou Neném.
No mesmo dia, o delegado Wagner Pinto chegou a descrever como teria ocorrido o homicídio, citando esses nomes.
- O que é certo é que o menor disse que teria ido com Macarrão [amigo de Bruno] e Eliza para uma residência, onde houve a execução da Eliza por asfixia mecânica. Marcos teria estrangulado, matado e desovado o corpo. Ele fez o estrangulamento, com o braço, pelas costas de Eliza. Depois da execução, Neném solicitou que o menor e outro homem que estava com eles saíssem para que ele providenciasse a desova do corpo - afirmou.
'Abatido'
Oliveira Junior falou que Santos não conhece o menor que prestou depoimento. Ele também disse que seu cliente está abatido, preocupado com a família e com os cães que foram encaminhados ao Centro de Controle de Zoonoses de Belo Horizonte. Segundo a polícia, foram recolhidos 11 cachorros que estavam na casa do suspeito, em Vespasiano (MG).
O advogado voltou a reclamar que não teve acesso ao inquérito.
- Eu sei ler, quero só ler. Preciso saber para defender meu cliente - afirmou Oliveira Junior, que promete entrar com uma queixa na Justiça.
Ele também pretende entrar com pedido de habeas corpus para o cliente ainda nesta segunda-feira.
FONTE: http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2010/07/bola-nao-responde-perguntas-feitas-pela-policia.html
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