Justiça do Rio marca 1ª audiência de Bruno e Macarrão em caso de 2009
Audiência no dia 26 de agosto ouvirá cinco testemunhas do MP do Rio.
Os dois são acusados de sequestro e lesão corporal contra Eliza Samudio.
O goleiro Bruno em julho, quando raspou a cabeça
A Justiça do Rio marcou para as 14h do dia 26 de agosto a primeira audiência de instrução e julgamento do processo em que o goleiro Bruno e seu amigo, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, são acusados pelos crimes de sequestro e lesão corporal contra Eliza Samudio em outubro de 2009, ao supostamente tentarem que ela abortasse o filho que seria do atleta. Bruno e Macarrão estão atualmente presos em Minas Gerais, acusados do sequestro e morte de Eliza, que teria ocorrido em junho deste ano.
A audiência foi marcada na quarta-feira (11) pelo juiz Marco José Mattos Couto, da 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade. Na ocasião serão ouvidas apenas as cinco testemunhas do Ministério Público. Já a audiência com as testemunhas de defesa será marcada em outra data por causa do grande número de pessoas a serem ouvidas.
A defesa de Bruno indicou oito testemunhas, entre elas a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, o ex-técnico da equipe, Andrade, e Zico, atualmente no cargo de diretor técnico do clube carioca. Outras três que também tinham sido indicadas pela defesa de Bruno – os atacantes Adriano e Vagner Love (ex-Flamengo) e Eliza Samudio - foram afastadas pelo magistrado. Já a defesa de Macarrão indicou oito testemunhas, entre elas Luiz Carlos Samudio, pai de Eliza.
O G1 entrou em contato com o departamento jurídico do Flamengo para saber se as testemunhas pretendem comparecer à audiência, mas ainda aguarda resposta do clube.
Entre os pedidos, o Ministério Público queria que o juiz reconhecesse a má-fé na atuação da defesa dos réus, mas a demanda não foi aceita. O magistrado também indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva dos dois acusados por acreditar que a liberdade de ambos “deixaria as testemunhas intimidadas, o que colocaria em risco o regular andamento do processo”.
“É conveniente que os acusados fiquem presos, a fim de que não se corra o risco de ver enfraquecido o conjunto probatório por constrangimento das pessoas que virão depor em juízo. Vê-se, portanto, que o réu Bruno Fernandes das Dores de Souza e seus seguranças há muito têm usado meios violentos para resolver qualquer problema que se apresente. Logo, é chegada a hora de interromper este caminho criminoso eleito por ambos os réus, o que motiva a decretação de sua prisão diante da periculosidade dos mesmos”, concluiu o juiz Marco Couto na ocasião.
A prisão preventiva do goleiro Bruno e de Macarrão pelos crimes de lesão corporal e sequestro foi decretada no dia 8 de julho. Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, Bruno teria agredido Eliza física e psicologicamente, em outubro de 2009, exigindo que a modelo fizesse um aborto. Na época, Eliza estava grávida de cinco meses e o atleta seria o suposto pai da criança.
FONTE: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/08/justica-do-rio-marca-1-audiencia-do-goleiro-bruno-e-macarrao.html
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