Roberto Barbosa: o treinador e amigo por trás das defesas de Bruno
Preparador de goleiros fala dos momentos difíceis do goleiro na Gávea
O camisa 1 chegou à Gávea no segundo semestre de 2006. Encontrou no preparador o amigo e o profissional necessário para ampará-lo. Nos bons e maus momentos.
A parte prática é trabalhada à exaustão. Mesmo nos dias em que deveria, teoricamente, “pegar leve”, o camisa 1 da Gávea pede para pular, saltar. Aprimorar-se. Mas há também o lado emocional. E aí entra em cena o parceiro Robertinho, como o goleiro costuma se referir.
No início do segundo turno, as falhas se acumularam e as críticas se multiplicaram. Era a hora de a psicologia dos campos entrar em ação.
- Ele não tem como manter a performance em 100% dos jogos. As falhas vão acontecer. Mas nos momentos difíceis procurei passar tranquilidade. Ele até deve ter se irritado comigo. Mas queria que ele entendesse que apenas trabalhando muito, suando e repetindo as defesas ele voltaria ao bom momento – disse Roberto.
'Às vezes só faz mal a ele mesmo'
Aos 36 anos, o preparador iniciou a carreira no ASA-AL. Chegou a aventurar-se sozinho no futebol coreano. Alguns meses e caldinhos de cachorro depois, retornou ao Brasil e trabalhou com Ney Franco no Ipatinga. O convite para trabalhar no Flamengo surgiu em maio de 2006. E mesmo quando Ney foi demitido, pouco mais de um ano depois, permaneceu no clube.
- Nunca pensei em sair. O próprio Ney sabia da paixão que tenho por trabalhar no Flamengo e me aconselhou a ficar. Nós sofremos críticas por causa da república do pão-de-queijo, mas a crítica é normal. Nada supera o trabalho – afirmou Roberto Barbosa.
O dom que Bruno tem de defender pênaltis é trabalhado diariamente nos treinamentos. Principalmente por Adriano. O atacante provoca os goleiros e faz apostas ao fim das atividades. O resultado prático manteve-se nos últimos jogos. Foram três defesas em penalidades. Duas contra o Santos e uma no clássico contra o Botafogo.
- Pegar um pênalti é difícil, dois então é muito raro. O Bruno foi premiado pelo trabalho. Ele é um cara dedicado e concentrado. Fico feliz por poder ajudá-lo a melhorar estruturalmente. O coração dele é muito grande e às vezes só faz mal a ele mesmo. Fico muito feliz por vê-lo fazendo essas defesas. Ninguém tem noção – encerrou o preparador.
FONTE: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Flamengo/0,,MUL1363679-9865,00.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário