segunda-feira, 2 de novembro de 2009

PREPARADOR FALA SOBRE BRUNO...

Roberto Barbosa: o treinador e amigo por trás das defesas de Bruno

Preparador de goleiros fala dos momentos difíceis do goleiro na Gávea

Por trás das defesas nos pênaltis cobrados por Paulo Henrique Ganso, na vitória do Flamengo por 1 a 0 sobre o Santos, sábado, há muito suor e repetição. Bruno estima que salte entre 100 e duzentas vezes por treinamento. Tudo sob a supervisão de Roberto Barbosa.

O camisa 1 chegou à Gávea no segundo semestre de 2006. Encontrou no preparador o amigo e o profissional necessário para ampará-lo. Nos bons e maus momentos.

A parte prática é trabalhada à exaustão. Mesmo nos dias em que deveria, teoricamente, “pegar leve”, o camisa 1 da Gávea pede para pular, saltar. Aprimorar-se. Mas há também o lado emocional. E aí entra em cena o parceiro Robertinho, como o goleiro costuma se referir.

No início do segundo turno, as falhas se acumularam e as críticas se multiplicaram. Era a hora de a psicologia dos campos entrar em ação.

- Ele não tem como manter a performance em 100% dos jogos. As falhas vão acontecer. Mas nos momentos difíceis procurei passar tranquilidade. Ele até deve ter se irritado comigo. Mas queria que ele entendesse que apenas trabalhando muito, suando e repetindo as defesas ele voltaria ao bom momento – disse Roberto.

'Às vezes só faz mal a ele mesmo'
Aos 36 anos, o preparador iniciou a carreira no ASA-AL. Chegou a aventurar-se sozinho no futebol coreano. Alguns meses e caldinhos de cachorro depois, retornou ao Brasil e trabalhou com Ney Franco no Ipatinga. O convite para trabalhar no Flamengo surgiu em maio de 2006. E mesmo quando Ney foi demitido, pouco mais de um ano depois, permaneceu no clube.

- Nunca pensei em sair. O próprio Ney sabia da paixão que tenho por trabalhar no Flamengo e me aconselhou a ficar. Nós sofremos críticas por causa da república do pão-de-queijo, mas a crítica é normal. Nada supera o trabalho – afirmou Roberto Barbosa.

O dom que Bruno tem de defender pênaltis é trabalhado diariamente nos treinamentos. Principalmente por Adriano. O atacante provoca os goleiros e faz apostas ao fim das atividades. O resultado prático manteve-se nos últimos jogos. Foram três defesas em penalidades. Duas contra o Santos e uma no clássico contra o Botafogo.

- Pegar um pênalti é difícil, dois então é muito raro. O Bruno foi premiado pelo trabalho. Ele é um cara dedicado e concentrado. Fico feliz por poder ajudá-lo a melhorar estruturalmente. O coração dele é muito grande e às vezes só faz mal a ele mesmo. Fico muito feliz por vê-lo fazendo essas defesas. Ninguém tem noção – encerrou o preparador.

FONTE: http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Times/Flamengo/0,,MUL1363679-9865,00.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário